"Quem não lê não pensa; e quem não pensa será para sempre um servo."
(Paulo Francis)















segunda-feira, 8 de novembro de 2010

PAULO MENDES CAMPOS

       Cronista e poeta brasileiro nascido em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, cuja obra destacou-se pela simplicidade com que tratou temas como o mar, a vida carioca, conversas de bar e futebol etc. Filho do médico e escritor Mário Mendes Campos e de D. Maria José de Lima Campos, iniciou seus estudos na capital mineira, prosseguiu em Cachoeira do Campo e terminou em São João del Rei. Logo cedo interessou-se por literatura e, ainda em Minas Gerais, estudou direito, veterinária e odontologia, mas não chegou a completá-los. Depois foi cursar a Escola Preparatória de Cadetes, em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, sonhando de ser aviador, mas também não terminou. De volta a Belo Horizonte (1939), iniciou-se no jornalismo, no Diário de Minas, e ingressou na vida literária, como integrante da importante geração mineira a que pertenceram Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, João Ettiene Filho e Murilo Rubião. Dirigiu o suplemento literário da Folha de Minas, trabalhou na empresa de construção civil de um tio e, depois da guerra (1945), mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a colaborar em O Jornal, Correio da Manhã e trabalhou no Instituto Nacional do Livro. Admitido no IPASE (1947) como fiscal de obras, seguiu carreira como funcionário público e chegou a ser diretor da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Escreveu suas primeiras crônicas no Diário Carioca e manteve por muitos anos, na revista Manchete, uma coluna semanal. Seu primeiro livro de poemas foi A palavra escrita (1951), mas o sucesso na poesia só veio com O domingo azul do mar (1958). Seu primeiro livro de crônicas foi O cego de Ipanema (1960). Em sua obra destacam-se ainda Homenzinho na ventania (1962), Os bares morrem numa quarta-feira (1981) e Diário da tarde (1986). Também trabalhou como tradutor de poemas como The Waste Land, de T. S. Eliot, com o título de A terra inútil, e morreu na cidade do Rio de Janeiro.

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