"Quem não lê não pensa; e quem não pensa será para sempre um servo."
(Paulo Francis)















domingo, 19 de junho de 2011

ESPAÇOS NACIONAIS

        Os espaços nacionais que despertaram maior interesse entre os escritores românticos foram o das capitais, normalmente situadas no litoral, com amplo destaque para a então capital do país, o Rio de Janeiro, e o das regiões Sul, Nordeste e Centro Oeste.O espaço das capitais é descrito pelo romance urbano, enquanto os demais são retratados pelo romance regionalista.
       Enquanto o romance urbano proporcionou uma visão própria do universo burguês, a partir de seus valores e costumes, o romance regional buscou estender o seu olhar para o Brasil desconhecido pelos habitantes das capitais, evidenciando suas características étnicas, lingüísticas, sociais e culturais.
       A partir do romance que você leu, descreva o espaço físico e humano representado pelo escritor romântico.

PERSONAGENS FEMININAS

           De forma bastante visível, as personagens femininas românticas repetem certos padrões de características também muito comuns, até hoje, entre as heroínas de telenovelas e filmes destinados ao grande público consumidor. São dotadas de grande beleza, idealismo, honra, força e coragem.  São capazes de qualquer coisa para atender aos apelos do coração ou da justiça. Qualquer deslize é sempre justificado por uma causa maior, que move a heroína sem deixar-lhe alternativas, mas tudo é esclarecido ao final da trama e volta ao equilíbrio.
            O drama vivido por Aurélia, por exemplo, é retomado (com algumas modificações), mais de um século depois, no filme Proposta Indecente (1993). No filme, a atriz Demi Moore vive uma personagem que aceita passar uma noite com um bilionário (Robert Redford) em troca de um milhão de dólares. O dinheiro põe fim à relação entre o casal. Ao final, porém, o amor se realiza quando o casal se vê livre de qualquer outro interesse que não a realização do amor.
           Segundo o que você conhece desse tipo de personagem, descreva a protagonista (a “mocinha”) da obra lida, fazendo comparações e justificando por que ela pode ser considerada uma  legítima heroína romântica.

PERSONAGENS INDIANISTAS

          O Romantismo brasileiro encontrou no índio uma autêntica expressão da nacionalidade. Os escritores brasileiros fizeram dele a versão nacional da figura idealizada do herói medieval: como o Brasil não teve Idade Média, seu herói passou a ser o índio, o habitante do país no período pré-cabralino.

Destaque trechos da obra lida que comprovem a visão do índio como “cavaleiro medieval” brasileiro.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

INOCÊNCIA, DE VISCONDE DE TAUNAY

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS, DE MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA

A MORENINHA, DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

SENHORA, DE JOSÉ DE ALENCAR

O GUARANI, DE JOSÉ DE ALENCAR

AOS ROMANCES, POIS!

        Na busca pelo legitimamente nacional, o romance voltou-se para os espaços brasileiros, identificados como a selva, o campo e a cidade, que deram origem, respectivamente, ao romance indianista e histórico, ao romance regional e ao romance urbano.
         Os textos que você, aluno do 2. ano, leu, pertencem a esses três grupos e foram escritos por aqueles que são considerados, até hoje, os grandes romancistas do século XIX.
          Muitas características dessas histórias você certamente já conhecia, através de obras literárias atuais (os chamados "best sellers"), de filmes e telenovelas. Ingredientes comuns nesse gêneros que buscam satisfazer o gosto do grande público ávido por aventuras e histórias de amor apareceram já nas primeiras obras ficcionais do período romântico e seriam repetidos à exaustão até os nossos dias: a comicidade, o namoro difícil ou impossível, a dúvida entre o dever e o desejo, a revelação surpreendente de uma identidade ou um segredo, o final feliz, culminando com o casamento.
       Escreva um breve resumo do enredo da obra que você leu, destacando os elementos “folhetinescos” que você identificou nela.
       






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O ROMANCE ROMÂNTICO NO BRASIL

          Os escritores românticos tomaram para si o compromisso de definir nação, povo, língua e cultura brasileira. O romance, ao surgir nesse contexto, assumiu o papel de um dos principais instrumentos nesse processo de descoberta do país e de busca da identidade nacional.
          A palavra "romance", originalmente, significava um tipo de composição de cunho popular e folclórico, escritas em latim vulgar, em prosa ou verso, contavam histórias cheias de imaginação, fantasia e aventuras.
          Como gênero literário, o romance foi se modificando. Somente no século XVIII é que a palavra "romance" tomou o sentido que tem hoje: texto em prosa, normalmente longo, que desenvolve vários núcleos narrativos, organizados em torno de um nucleo central, e narra fatos relacionados a personagens, numa sequência de tempo relativamente ampla e em determinado lugar ou lugares.



         O romance surgiu sob a forma de folhetim, publicação diária, em jornais, de capítulos da obra. Para garantir a fidelidade dos leitores, os autores do folhetim valiam-se de certas técnicas, como interromper a narração no momento culminante de uma cena ou sequência de cenas. Essa técnica pode ser observada hoje nas telenovelas, herdeiras diretas do romance folhetinesco. Outros ingredientes comuns aos dois tipos de narrativa são o triângulo amoroso, a vitória do bem contra o mal e o final feliz.Isso explicaria por que tantas obras do período romântico foram facilmente adaptadas para a TV.
         Grandes romancistas brasileiros do século XIX: Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar, Bernardo Guimarães e Visconde de Taunay.
Adaptado de: Português - Linguagens (Willian Roberto Cereja)