"Quem não lê não pensa; e quem não pensa será para sempre um servo."
(Paulo Francis)















segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CRÔNICA... AFINAL, QUE GÊNERO É ESSE?

           Crônica é um gênero de texto tão flexível que pode usar a “máscara” de outros gêneros, como o conto, a dissertação, a memória, o ensaio ou a poesia, sem se confundir com nenhum deles. É leve, despretensiosa como uma conversa entre velhos amigos, e tem a capacidade de, por vezes, nos fazer enxergar coisas belas e grandiosas em pequenos detalhes do cotidiano que costumam passar despercebidos.
A palavra “crônica”, em sua origem, está associada ao vocábulo “khrónos” (grego) ou “chronos” (latim), que significa “tempo”. Para os antigos romanos a palavra “chronica” designava o gênero que fazia o registro de acontecimentos históricos, verídicos, na ordem em que aconteciam, sem pretender se aprofundar neles ou interpretá-los. Com esse sentido ela foi usada nos países europeus.
A crônica contemporânea brasileira, também voltada para o registro jornalístico do cotidiano, surgiu por volta do século XIX, com a expansão dos jornais no país. Nessa época, importantes escritores, como José de Alencar e Machado de Assis, começam a usar as crônicas para registrar de modo ora mais literário, ora mais jornalístico, os fatos corriqueiros de seu tempo. É interessante observar que as primeiras crônicas brasileiras são dirigidas às mulheres e publicadas como folhetins, em geral na parte inferior da página de um jornal.

A ocasião faz o escritor

Ao escrever, os cronistas buscam emocionar e envolver seus leitores, convidando-os a refletir, de modo sutil, sobre situações do cotidiano, vistas por meio de olhares irônicos, sérios ou poéticos, mas sempre agudos e atentos. Os cronistas brasileiros exprimem vivências e sentimentos próprios do universo cultural do país.
No Brasil, há vários modos de escrevê-las. Se usa o tom da poesia, o autor produz uma prosa poética, como algumas crônicas escritas por Paulo Mendes Campos. Mas elas podem ser escritas de uma forma mais próxima ao ensaio, como as de Lima Barreto; ou ser narrativas, como as de Fernando Sabino. As crônicas podem ser engraçadas, puxando a reflexão do leitor pelo jeito humorístico, como as de Moacyr Scliar, ou ter um tom sério. Outras podem ser próximas de comentários, como as crônicas esportivas ou políticas.

Adaptado de: A Ocasião faz o Escritor, material da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa, 2010

Um comentário:

  1. Meu Melhor Conto
    (Moacyr Scliar)
    A Crônica se passa em uma Usina,Moacyr Scliar diz:
    -Fui levado para um lugar conhecido como Usina Pequena,fiquei pouco tempo na Usina,15 dias,mas foi o suficiente.
    Os jornalistas querem saber da vida e do melhor conto de Moacyr Scliar,mas Moacyr diz que o melhor conto dele nao esta,me nenhum dos teus livros,em nenhuma antologia,em nenhuma publicação.E Diz :
    -Ele esta aqui na minha memória,posso acessa-lo a qualquer momento.
    Depois que Moacyr diz isso aos jornalistas,eles aceitam sua resposta,e por final Moacyr diz que o melhor conto dele nao o pertence.
    É um texto Narrativo/Neutro.

    Eu gostei e Recomendo!

    Maria Amanda,8ªB

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